Apresentaremos agora uma visão abrangente das variedades e espécies predominantes de roedores urbanos. Estes animais, comumente referidos como ratos, assumem diversas formas, tamanhos e colorações, e de modo atrevido, ocupam nossas áreas de cultivo, se banquetean com nossas colheitas, e estabelecem residência sem cerimônia nas nossas cidades e casas.
Esses roedores são frequentemente encontrados em sistemas de esgoto, emitindo ruídos enquanto se movem. Eles fazem ninhos nas áreas mais inesperadas, como gavetas e armários, além de causarem danos ao roer portas e móveis. Adicionalmente, eles se apropriam de nossa comida, deixando para trás contaminação por meio de fezes e urina. Em resumo, os roedores urbanos são uma verdadeira praga.
Infelizmente, ao longo de milhões de anos, compartilhamos nosso espaço com essas espécies de roedores que se adaptaram de maneira habilidosa ao nosso ambiente. Eles se tornaram sinatrópicos, beneficiando-se da nossa mesa, mesmo sem um convite explícito. De mais de 1.300 tipos de roedores catalogados no mundo, apenas três espécies se aproximaram tanto da espécie humana:
Pequenos Mus muscullus: Conhecidos por diversos nomes regionais, incluindo camundongos, ratinhos, ratos de gaveta, e muricha.
Ágeis Rattus rattus: Comumente chamados de ratos pretos, ratos de teto, ratos de forro e ratos de navio.
Robustos Rattus novergicus: Conhecidos como ratazanas, ratos de esgoto, rato cinza e rato pardo.
Esses roedores urbanos são especializados em sobrevivência e adaptados à vida nas cidades. No entanto, além dos problemas econômicos que causam, eles desempenham um papel igualmente indesejável ao servirem como vetores de várias doenças para humanos e animais de criação. Doenças como leptospirose, salmonelose, tricinose, peste bubônica, tifo murinho e, mais recentemente, hantavirose, são comumente transmitidas por um ou mais tipos de ratos, especialmente os sinantrópicos.
Portanto, os roedores comensais são reconhecidos como uma das principais pragas urbanas e, como tal, são alvos essenciais em comunidades bem organizadas.Embora se discuta ocasionalmente o papel dos roedores sinantrópicos no contexto ambiental das cidades e se possa questionar se seria possível eliminá-los sem causar impactos no ecossistema, a maioria concorda que eles não desempenham um papel significativo nas cadeias alimentares urbanas. Predadores naturais, como cobras, mangustos, raposas e corujas, há muito abandonaram as cidades, e até gatos e cães, tradicionalmente caçadores de ratos, já não os consideram fonte de alimento principal.
Em relação à relação presa/predador, é importante destacar que o número de presas não determina o número de predadores, mas o contrário. Além disso, os roedores são onívoros, o que significa que se alimentam de uma ampla variedade de alimentos de origem animal ou vegetal, oferecendo-lhes infinitas opções de alimento nas cidades. Eles se adaptaram ao longo de milhões de anos para buscar nossos restos de comida e até mesmo nossos alimentos armazenados.
Em suma, os roedores urbanos são pragas urbanas e devem ser combatidos e controlados. Este artigo, embora não aborde detalhes sobre o controle de roedores, destaca a importância de entender as características dessas espécies de ratos comensais, com ênfase na necessidade de controle da espécie mais problemática em termos de saúde pública
Ratazana (Rattus novergicus).
Espécie predominante entre os roedores comensais, macho adulto pode atingir até 500 gramas de peso corporal, eliminando ou rejeitando outras espécies de roedores, se porventura estiverem presentes na área infestada. No entanto, existem circunstâncias bastante específicas nas quais as ratazanas podem até mesmo coexistir com outras variedades de ratos. Essa situação geralmente ocorre em espaços amplos com abundância de alimentos. Por exemplo, em um supermercado, ratazanas podem viver do lado de fora e entrar para se alimentar, enquanto ratos pretos se limitam ao forro, descendo apenas para buscar comida, e camundongos podem ser encontrados nas gôndolas ou próximo aos motores dos balcões frigoríficos.
Essas ratazanas possuem uma elevada taxa reprodutiva ao longo dos aproximados dois anos de suas vidas. As fêmeas têm cerca de oito ciclos de reprodução por ano, com uma gestação extremamente curta, durando cerca de 22 dias.
São territorialistas, estabelecendo seu domínio em uma área com raio de aproximadamente 50 metros. Dentro dessa extensão, encontram-se todas as condições necessárias para apoiar suas atividades biológicas. Elas defendem agressivamente esses territórios contra a invasão de outros ratos, inclusive da mesma espécie.
Em situações desfavoráveis ou como uma estratégia de controle populacional, essas ratazanas praticam o canibalismo de sua prole. É comum ocorrer o chamado "efeito bumerangue" nessa espécie de roedor, o que significa um aumento, em vez de uma diminuição, no número de ratos em uma colônia quando ocorre algum erro no processo de controle.
Essas ratazanas possuem uma estrutura social rudimentar, baseada em duas classes de indivíduos: os "dominantes", que são os machos e fêmeas em idade reprodutiva, também conhecidos como classe alfa, e os "dominados", representados pelos muito jovens ou muito velhos, denominados classe beta. Os dominantes têm preferência na hora de se alimentar e na escolha das fêmeas com as quais se acasalam. Quando uma nova isca raticida é introduzida, ela geralmente leva à morte primeiro alguns indivíduos da classe beta, antes que os dominantes a consumam.
Essas ratazanas são animais fossoriais que escavam túneis subterrâneos de até 1,5 metros de profundidade, criando uma rede interconectada que lhes permite escapar em caso de necessidade.
Sendo criaturas noturnas, elas seguem trilhas demarcadas com seu odor corporal, percorrendo sempre os mesmos caminhos que vão desde os ninhos até a fonte de alimentos.
As fêmeas dessas ratazanas se acasalam com vários machos para garantir uma ampla diversidade genética em sua prole e evitar problemas de endogamia. Cada ninhada pode conter de 8 a 16 filhotes.
Como é comum em roedores, essas ratazanas são incapazes de distinguir cores, pois são animais noturnos e a luminosidade fraca à noite não permite percepção de cores.
Elas dedicam aproximadamente 40% do tempo acordadas à higiene corporal, fazendo vigorosas lambeduras para remover sujeira aderida ao seu pelo durante suas buscas por alimentos, água e acasalamento.
Esses roedores possuem sentidos altamente desenvolvidos, especialmente o olfato e o tato, e são neofóbicos, o que significa que têm medo de objetos novos em seu território.
Espécie de roedor escalador, o Rato de telhado (Rattus rattus)
Antes da chegada das ratazanas, os ratos de telhado eram a espécie dominante, preferindo passar a maior parte de seu tempo em ninhos e territórios elevados, distantes do solo. Eles desciam ao solo apenas para buscar comida e, ocasionalmente, água.
Ágeis e com excelentes habilidades de equilíbrio, os machos adultos podiam pesar até 220 gramas e tinham uma expectativa de vida de aproximadamente 1,5 anos na vida selvagem. Os ratos de telhado também eram prolíficos, com ninhadas variando de 6 a 12 filhotes. As fêmeas entravam no cio até oito vezes por ano, com uma gestação que durava cerca de 21 dias.
Eles eram territoriais, estabelecendo seu domínio em áreas com um raio de aproximadamente 38 metros. Defendiam vigorosamente seu espaço contra a invasão de outros ratos da mesma espécie, embora evitassem confrontos com as ratazanas, mesmo que estas fossem numericamente superiores. Os ratos de telhado eram especialmente eficazes na eliminação dos camundongos.
Esses roedores eram noturnos e seguiam trilhas familiares, que podiam ser identificadas em certas estruturas por manchas de gordura deixadas pelo roçar constante de seus pelos.
Possuíam sentidos bem desenvolvidos, especialmente o tato e a visão para movimento, que lhes permitiam discernir oscilações entre claro e escuro.
Assim como as ratazanas, também eram neofóbicos, ou seja, tinham receio de objetos novos em seu território e se aproximavam deles apenas algumas noites depois de perceberem que não representavam ameaças.
Os ratos de telhado dedicavam até 30% do tempo acordados à autolimpeza de seus corpos, usando a lambedura para remover sujeira e manter-se higienizados.
O menor dos ratos urbanos, o camundongo (Rattus muscullus)
No interior das residências, os camundongos frequentemente estabelecem seus ninhos em locais onde a temperatura é mais elevada, como perto de motores de geladeiras, máquinas de lavanderia, materiais isolantes de fogões, gavetas, armários e caixas de papelão, bem como em acúmulos de itens inservíveis.
A vida livre dos camundongos é relativamente curta, geralmente em torno de um ano. As fêmeas têm uma gestação que dura cerca de 19 dias, sendo capazes de gerar até seis ninhadas durante esse período, cada uma composta por 6 a 10 filhotes. Surpreendentemente, a maturidade sexual é alcançada em apenas um mês após o nascimento.
Esses roedores são altamente territoriais e defendem vigorosamente um espaço de apenas 3 metros de raio. Os grupos familiares geralmente consistem em um macho, várias fêmeas e suas crias. O macho dominante tem o papel de expulsar jovens machos que atingem a idade reprodutiva, mantendo o controle sobre o território.
Os camundongos possuem uma notável capacidade de movimentação, auxiliada por uma visão sensível a movimentos, o que lhes permite navegar habilmente em seu território, memorizando os movimentos necessários para contornar obstáculos já presentes na área.
Eles também demonstram curiosidade, sendo neofílicos, o que significa que investigam objetos novos em seu território na primeira noite em que aparecem.
Essas informações sobre as três espécies de roedores urbanos foram apresentadas para destacar algumas das características que contribuem para o notável sucesso biológico desses roedores. Eles estão claramente longe de enfrentar a extinção. Para uma compreensão mais aprofundada da fascinante biologia dos roedores, é recomendável consultar livros especializados sobre o tema.
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